Desde muito pequena eu me enfiava no meio dos meus irmãos e primos nas peladas de praia em Santos e na quadrinha do prédio em São Paulo. Mas só comecei a treinar quando fiz intercâmbio para os EUA e joguei a temporada de futebol feminino de campo. Na volta, treinei e competi pelo time de futsal da faculdade, até encontrar o Pelado Real e nunca mais sair.

Minha temporada nos EUA foi muito marcante pra mim pois foi a primeira vez que joguei em campo e tive uma experiência dentro de um time feminino. Eu amava o clima dos nossos treinos, das viagens pra jogar e das confraternizações entre atletas e famílias. Nunca esqueço que os torcedores de lá me chamavam de “Ronaldinha”.

Ensinar minha sobrinha de dois anos a chutar e cabecear (risos).

O senso de pertencimento comunitário que ele proporciona a todas as peladeiras, treinadoras e familiares – uma vez aqui dentro, percebemos que somos parte de algo maior e nos sentimos mais fortes e capazes de buscar nossos objetivos dentro e fora de campo.

Comecei a jogar com regularidade há cinco anos, na turma das adultas do Pelado Real. Foi a Lizz – amiga americana queridíssima que na época trabalhava comigo – que insistiu que eu deveria conhecer o Pelado e começar a jogar futebol como forma de atividade física e lazer.

Meu esporte principal sempre foi o tênis. Com ele tive a oportunidade de jogar em campeonatos mineiros, brasileiros, sul-americanos e mundiais.

Como treinadora minha principal experiência também foi com o tênis: fui auxiliar técnica do time principal da Old Dominion University (EUA) e, no Brasil, treinadora da equipe de competição do Pampulha Iate Clube (PIC).

A união de meninas e mulheres incríveis, sempre com muita empatia e companheirismo. Nossa sororidade.

Tive muitas boas experiências como jogadora, mas destaco duas, ambas disputas de pênaltis para título: uma em meados de 1996, em que minha equipe do colégio precisava que eu defendesse para sermos campeãs – e assim o fizemos! Meu técnico teve que me proteger, porque o colégio veio abaixo pra cima de mim. A outra é recente, foi em um torneio Internacional da comunidade Sul-Americana Nikkei disputado em 2020. Estava defendendo a Seleção Brasileira e, se eu não defendesse, perderíamos o título e não seguiríamos na disputa. Defendi, seguimos no alternados e vencemos, conquistando o pentacampeonato. Momentos muito marcantes e emocionantes.

Como treinadora, destaco três momentos porque foram em categorias diferentes. O primeiro foi em 2011, no torneio universitário: eu atuava pela Cásper Líbero e desbancamos a fortíssima equipe da Engenharia do Mackenzie para conseguir a vitória final. O segundo momento foi o título da Copa Diggio em 2012: fomos campeões da categoria sub14 masculina com o Colégio Oswald. E o terceiro foi em um torneio internacional disputado na Holanda, comandando a equipe da Polícia Militar de SP no mundial da categoria em 2016. Apesar de termos ficado em 4º lugar entre quase 30 equipes, foi uma experiência muito bacana. No fim das contas, todas as experiências que tive na infância e a influência dos meus professores me fizeram seguir na carreira de Educação Física e, em específico, no futebol. Foi no futebol que conheci muitas pessoas, obtive muitos contatos e hoje é meu trabalho e minha paixão.

O Pelado Real só veio colocar a cerejinha no bolo porque é uma empresa que busca dar espaço às meninas e mulheres que querem praticar a modalidade e por algum motivo não encontraram essa oportunidade outros locais. É uma escola com objetivo de construir um espaço seguro, agregador e de acolhimento a todas que se identifiquem com nossos ideais. O olhar, as palavras e os feedbacks positivos e sinceros só nos enchem de mais energia para seguir em frente nessa busca incessante por esse espaço que nos é de direito.

Comecei aos cinco anos, jogando no prédio com meu irmão e meus amigos. Jogava também bastante com meu avô paterno: ficava horas chutando para o gol e ele me dando dicas de como melhorar o meu chute. Mais tarde, entrei para a equipe feminina do meu colégio (Pueri Domus) e desde então nunca mais parei de jogar.

Minha principal experiência foi minha temporada de futebol nos EUA. Aos 16 anos fui morar na Filadélfia por um ano para jogar pela Conestoga High School. É uma sensação inexplicável ver de perto como o esporte é levado a sério. Programação de treinos, preparação para jogos, calendário esportivo, entrevistas e reportagens locais. Um cenário ainda não conhecido no Brasil, então foi um momento marcante e essencial para meu crescimento esportivo, emocional e educacional.
Além dessa experiência, teve dois outros momentos muito marcantes na minha carreira. Pelo colégio representei por dois anos seguidos (2000/2001) o Brasil em competições internacionais, uma em Orlando e outra em Barcelona, tendo a oportunidade de jogar contra seleções mundiais.

Minhas principais experiências como treinadora foram na Copa Nescau – em 2018, levantei o troféu pela primeira vez. Foi um momento que consolidou o crescimento do nosso time e deixou evidente que o PRFC era realidade nas competições esportivas. No ano de 2019 conseguimos o bicampeonato em um jogo histórico: foram quatro gols nos 40 segundos finais e ganhamos nos Pênaltis. Jamais será esquecido!

Tudo! Nossa equipe, pela harmonia e sororidade entre nós. Nossas alunas, por transformar nossos times em família. Os pais, por apoiarem e incentivarem suas meninas nos treinos e jogos. O Pelado Real Futebol Clube é ÚNICO ♥️! Tenho muito orgulho de fazer parte dessa família e de estar mudando a história do futebol feminino no Brasil.

Na faculdade, em 2010.

Participar de um time profissional de futsal (MRW).

Todas as experiências foram muito importantes para ser quem eu sou hoje, tanto trabalhar com equipes competitivas no universitário como trabalhar em escolas de futebol. Entre elas gostaria de destacar a formação do Peladinho no Butantã e com certeza minha participação no Congresso Internacional de Futebol organizado pela Discover Football em Berlim.

São tantas coisas que eu amo! Primeiramente, ter uma equipe de trabalho feminina que abre espaço para a liberdade e cria uma rede de representatividade para todas as nossas alunas. É como se cada integrante do PRFC (equipe de trabalho, alunas e torcedores) formasse um nó dessa rede, tornando ela cada vez mais resiliente. O resultado disso é que coletivamente todos contribuem para a realização do sonho de cada uma.

Não me lembro exatamente quando comecei a jogar, só me lembro que era muito nova, por volta dos seis ou sete anos. Foi muito por conta dos meus primos, sempre que a família se reunia eles e meus tios iam jogar e eu e minha irmã nos enfiávamos no meio (risos).

Essa é difícil. Já participei de muitos campeonatos e joguei por times diferentes, acho que o que me marca costumam ser os treinadores ou mesmo as pessoas que fazem parte do time junto comigo, então lembro com carinho de um campeonato em que meu time era azarão, jogávamos com cinco ou seis meninas no máximo, ninguém esperava nada e acabamos nos classificando pra segunda fase deixando alguns times pra trás. Já o jogo que eu mais me lembro foi um que ganhamos de 4×3 em que fiz um gol de falta e era contra o time que minha irmã jogava (risos). Pra quem não sabe, eu sou gêmea e nós duas jogamos desde muito novas, pro terror dos nossos pais (principalmente nossa mãe). Ela chegou a jogar no time da nossa cidade (Atibaia) junto com a Leticinha (lateral direita da seleção), então meio que rolava uma competição entre nós.

Acredito que foi com o primeiro time que eu cheguei a treinar, no universitário. Construí muitas amizades e acredito que consegui proporcionar uma experiência muito boa para todas as meninas que passaram pelo time: foram dois anos e meio muito divertidos e que me ensinaram muito, ainda mantenho contato com as meninas e com o time!

Essa é muito difícil, mas eu adoro as treinadoras! São as pessoas com quem eu trabalho e são superdidáticas e diferentes entre si, cada uma tem seu estilo e ao mesmo tempo existe um trabalho conjunto para fazer o melhor por cada uma das alunas. É um clima supergostoso de se trabalhar!

Comecei a jogar aos seis anos na escola e oficialmente em campeonatos foi aos 11, também pela escola.

Quando fui campeã dos Jogos Regionais no futsal pela cidade de Poá em 2008 e quando obtive o 3° Lugar pelos Jogos Regionais no futebol pela cidade de Barueri em 2013.

Dar aula para meninas de seis a nove anos. Nunca imaginei que fosse dar aula para um público tão jovem porque sempre me imaginei dando aula para adultos, mas é uma experiência incrível e uma nova paixão.

A essência do Pelado Real! Proporcionar um espaço em que todas possam ser aquilo que quiserem, fazendo o que amam com segurança e se divertindo é o que mais me faz amar a família PRFC.

Comecei a jogar futebol com oito anos em uma escolinha.

Não consigo escolher um momento como jogadora, mas costumava disputar os jogos regionais e era uma experiência muito boa.

Como treinadora minha principal experiência foi o primeiro campeonato com a primeira turma do PRFC, no campeonato interno: foi muito importante pra mim e guardo uma bola autografada por todas as jogadoras até hoje.

Me sinto muito bem quando estou no Pelado Real. Vi tudo isso crescer, me sinto muito feliz em saber que faço parte disso e que posso sempre contar e compartilhar com as pessoas que aqui trabalham. O ambiente é muito leve e divertido.

Jogava bola na rua com os meninos. Minha mãe, cansada de me ver perdendo a cabeça do dedão, acabou me colocando para jogar em um time feminino de salão localizado no Clube Joerg Bruder.

Aos 12 anos entrei no Centro Olímpico e lá continuei até meu último momento como jogadora.

Estou nela e está sendo incrível! As treinadoras têm tanta experiência que auxiliá-las se torna uma experiência fora do normal.

A participação dos pais, a presença e o apoio que dão às filhas e o respeito com as professoras.

Comecei jogando em casa com meu irmão por pura brincadeira aos 11 anos. Infelizmente só tive oportunidades de jogar aos 15, quando as meninas que formavam o time feminino de futsal da minha escola saíram e então precisavam de uma nova turma.

Minha principal experiência foi jogar a Liga Escolar pelo colégio. Nosso time não era um dos mais fortes, então cada vitória era muito comemorada. Seguimos juntas por três anos, então foi muito bom ver a evolução de cada menina.

A principal experiência como auxiliar técnica é ver a evolução das alunas de um treino para o outro e poder criar laços cada vez maiores com elas.

O que mais amo no Pelado é o fato de ser uma família, tanto para as alunas como para professoras. É um espaço para meninas e mulheres praticarem o futebol, não somente como atividade física, mas também como realização de um sonho – e com a oportunidade de formar novos laços. É um ambiente onde todas se sentem bem para aprender e ser quem são.

Comecei a jogar aos sete anos no colégio com meus amigos durante o recreio. No ano seguinte meus pais me colocaram em uma escolinha de futebol.

Ser vice-campeã do campeonato da Federação Paulista de F7 pelo clube Esperia.

Ser bicampeã da Liga Nescau no ano de 2019 pelo PRFC, no jogo mais emocionante da minha vida, contra o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa.

O fato de poder trabalhar somente com meninas e mulheres na prática do futebol, algo que há alguns anos era considerado impossível! Isso além de ser gerido único e exclusivamente por mulheres tão fortes e tão incríveis em todas as esferas!

Comecei a jogar aos cinco anos com os meninos da escolinha onde eu ficava para que meus pais pudessem trabalhar. Ao ver o meu interesse pelo esporte, acabei tendo um incentivo maior por parte do meu pai.

Nunca joguei em nível de federação, toda a minha bagagem vem do futebol escolar e de alguns times amadores, aqueles de bairro, então considero grandes experiências as competições universitárias e quando, no ano de 2018, tive a oportunidade de compor a equipe profissional do Santos FC nos jogos Regionais.

Em 2016 fiz estágio no projeto Meninas Em Campo, quando participei das competições como auxiliar técnica no futebol de campo e, em 2019, tive a oportunidade de fazer parte da comissão técnica da Comunicação Metodista e da Medicina Santa Marcelina, ambos times de futsal.

Com toda certeza do mundo é a relação das profissionais com os familiares e com as alunas. Todo carinho, respeito e admiração de ambas as partes é o que mais me encanta nesse time que vai além das quatro linhas.