12 de junho é o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil.
Aqui no PRFC, todo dia é dia de garantir direitos, em especial às meninas e mulheres. Por isso hoje não poderíamos ficar de fora desse movimento que busca erradicar toda e qualquer tipo de forma de trabalho realizado por crianças e adolescentes abaixo da idade mínima permitida.
Recentemente descobri que o catavento é o símbolo dessa luta tão importante, e assim surgiu a ideia da campanha lançada nessa sexta-feira: convidar nossas seguidoras a espalharem vídeos e fotos de crianças com seus cataventos, para lembrarmos a todos que lugar de criança é se divertindo e aprendendo.
E quem logo topou entrar nessa brincadeira foi a Camille Schuh, peladeira do sub-7. Ela e a mamãe Liliane gravaram um vídeo tutorial ensinando o passo a passo pra fazer um catavento com materiais simples e sem sair de casa.
De criança para criança, a Camille mostrou da forma mais gostosa possível que até os temas mais duros podem ser aprendidos e comunicados. O lúdico é poderosíssimo, e não podemos nunca abrir mão da presença dele na vida das nossas pequenas.
Faça seu Catavento com a peladeira Camille
12 de junho é o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, e o Catavento é o símbolo dessa luta. Por isso, convidamos nossa peladeira da categoria sub-7, Camille, pra ensinar como fazer o seu próprio catavento!É muito triste, muito cedo e muito covarde cortar infâncias pela metade. Lugar de criança é brincando e aprendendo! Faça ou desenhe seu catavento da forma que preferir e junte-se a nós inundando as redes sociais com a alegria contagiante das nossas crianças! <3Sobre o catavento:O Cata-vento de cinco pontas, representando os cinco continentes, tornou-se ícone da luta pela erradicação do trabalho infantil no mundo. Significa movimento, sinergia e articulação de ações permanentes contra o trabalho infantil. Traz ainda o sentido lúdico de alegria, que deve estar presente na vida das crianças.#NãoAoTrabalhoInfantil #criança #brincar #catavento #diversão
Posted by Pelado Real Futebol Clube on Thursday, June 11, 2020
Por fim, aproveitamos para criar uma versão “para colorir” (baixe aqui) do escudo do PRFC com um catavento estilizado. Assim, quem preferir, pode brincar de pintar, tirar uma foto e também juntar-se à campanha. E você? Vem com a gente nessa? Lembre-se de usar a hashtag #NãoAoTrabalhoInfantil
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Dados oficiais sobre o trabalho infantil (fonte FNPETI):
O trabalho infantil ainda é uma realidade para milhões de meninas e meninos no Brasil. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PnadC), em 2016, havia 2,4 milhões de crianças e adolescentes de cinco a 17 anos em situação de trabalho infantil, o que representa 6% da população (40,1 milhões) nesta faixa etária. Cabe destacar que, desse universo, 1,7 milhão exerciam também afazeres domésticos de forma concomitante ao trabalho e, provavelmente, aos estudos.
A maior concentração de trabalho infantil está na faixa etária entre 14 e 17 anos, somando 1.940 milhão. Já a faixa de cinco a nove anos registra 104 mil crianças trabalhadoras.
O símbolo da campanha e da luta contra o trabalho infantil no Brasil e no mundo é o cata-vento de cinco pontas coloridas (azul, vermelha, verde, amarela e laranja). Ele tem um sentido lúdico e expressa a alegria que deve estar presente na vida das crianças e adolescentes. O ícone representa ainda movimento, sinergia e a realização de ações permanentes e articuladas para a prevenção e a erradicação do trabalho infantil.
Consequências do trabalho infantil
O trabalho infantil deixa marcas na infância que, muitas vezes, tornam-se irreversíveis e perduram até a vida adulta. Traz graves consequências à saúde, à educação, ao lazer e à convivência familiar. Exemplos dos impactos negativos do trabalho infantil:
Aspectos físicos: fadiga excessiva, problemas respiratórios, lesões e deformidades na coluna, alergias, distúrbios do sono, irritabilidade. Segundo o Ministério da Saúde, crianças e adolescentes se acidentam seis vezes mais do que adultos em atividades laborais porque têm menor percepção dos perigos. Fraturas, amputações, ferimentos causados por objetos cortantes, queimaduras, picadas de animais peçonhentos e morte são exemplos de acidentes de trabalho.
Aspectos psicológicos: os impactos negativos variam de acordo com o contexto social do trabalho infantil. Por exemplo, abusos físicos, sexuais e emocionais são os principais fatores de adoecimento das crianças e adolescentes trabalhadores. Outros problemas são: fobia social, isolamento, perda de afetividade, baixa autoestima e depressão.
Aspectos educacionais: baixo rendimento escolar, distorção idade-série, abandono da escola e não conclusão da Educação Básica. Cabe ressaltar que quanto mais cedo o indivíduo começa a trabalhar, menor é seu salário na fase adulta. Isso ocorre, em grande parte, devido ao baixo rendimento escolar e ao comprometimento no processo de aprendizagem. É um ciclo vicioso que limita as oportunidades de emprego aos postos que exigem baixa qualificação e com baixa remuneração, perpetuando a pobreza e a exclusão social.
Mais dados sobre a realidade do trabalho infantil no Brasil e no mundo podem ser encontrados no site do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI): https://fnpeti.org.br/12dejunho/2020/